domingo, 29 de julho de 2012

Capitulo 02 - O Desespero Aparece.

Eae galera... beleza?

Aqui, depois de 3 meses e 2 dias, está saindo o segundo capítulo... Desculpem a demora, Cliquem em continuar lendo e Curtam aí.

Ps: para quem não leu ainda, aqui está o Primeiro capítulo: http://maisumnerdalone.blogspot.com.br/2012/04/vou-comecar-uma-historia-espero-que.html#more


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   Respirei aliviado. Acho que nunca me senti tão aliviado quanto naquele momento. Minha irmã, de pé no pé da minha cama, depois daquele sonho horrível. Olhei de um lado a outro e a primeira coisa que fiz foi dar um forte abraço na minha irmã.

   -Ei! Você vai amarrotar meu uniforme Onii-san! – Ela meio desconfortável com meu abraço, mas acho que eu nunca tinha me sentido tão feliz na vida. Saber que todo aquele pesadelo não passava... de um simples pesadelo... foi uma coisa que me deixou muito feliz.

   Mal sabia eu que aquele dia mudaria pra sempre minha vida.

   Após largar minha irmã, levantei e fui ao banheiro lavar o rosto, mas infelizmente uma frase ainda rondava minha mente... uma frase: “Você não pode mudar seu destino”. Abaixei o rosto e o lavei com bastante água gelada, só assim eu conseguia acordar.
  -Besteira – pensei – eu tenho que parar um pouco de jogar esses jogos, só assim eu paro um pouco com essa maluquice.

   Após terminar de acordar, comecei a me arrumar. Meu banho foi mais rápido que o habitual. Apesar de tentar desviar minha mente, o sonho ainda me perturbava um pouco, e eu estava preocupado com Sachiko, afinal nunca tive antes um sonho tão real... Foi mais real até do que quando sonhei várias vezes que estava caindo.

    -Sachiko! Estou pronto, vamos logo! – disse isso com uma xícara de café em mãos, e dando a última golada vesti meu casaco.

   Naquele momento senti medo, chamei minha irmã, e depois de algum tempo a casa continuava em silêncio.

   -Sachiko! Onde você está!? Não é hora de brincar agora! – Estava visivelmente preocupado naquele momento – Temos que ir!

   Naquele momento, me virei pra ver onde a garota estava, porém algo veio pulando e gritando em minha direção. Um grito agudo e uma pancada em cima de mim, foi tudo o que eu vi. Naquela hora tudo passou por minha cabeça e eu fiquei desesperado, mas depois de começar a ouvir as gargalhadas de minha irmã fiquei muito mais aliviado.

   -Hahaha! Onii-san! Você se assusta muito fácil – a garota se divertiu bastante, se escondendo atrás de um armário e pulando em cima de mim para me dar um susto... se ela soubesse o tamanho do susto que eu tomei eu acho que ela não faria de jeito nenhum.

   -Muito engraçado Sachiko – disse num tom um pouco mais duro – Se agente não sair agora vamos nos atrasar. Agora pegue sua mochila e vamos.

   A garota obedeceu, como sempre, Sachiko nunca me causou muito trabalho desde que nasceu. Nem mesmo quando meu pai se foi e ficamos só nós e minha mãe ela causou trabalho. Muito inteligente, atenciosa e não é bagunceira.

   -Vem cá, me dá a mão e não solta tudo bem? – segurei firme na mão dela – senão você pode se machucar.

   E assim partimos, novamente para a rua, novamente pelo mesmo caminho, pelo mesmo festival sendo montado, E também pela mesma confusão entre os quatro jovens e os três comerciantes.

   Mesmo tentando esquecer o sonho, ainda estava um pouco paranóico. Então, para evitar que a garota se soltasse e saísse correndo, resolvi continuar do mesmo lado da calçada, infelizmente, passando próximo a confusão.

   -Ei velho você está cego!? Claro que eu te dei o dinheiro na sua mão – disse um dos jovens - Vocês aí é que estão malucos! – Todos os 4 jovens começaram a gargalhar. Estavam confiantes caso acontecesse alguma briga, pois estavam em maior número, e sabiam que nenhuma das pessoas que estavam olhando iria ajudar.

   Espremi-me com minha irmã para tentar passar o mais longe o possível da roda que tinha na calçada, todos curiosos para saber o que estava acontecendo, e também muitos querendo assistir uma provável briga.

   Não deu outra: Quando um dos comerciantes, o mais velho de todos aparentemente, gritou com um dos jovens, apontando o dedo na sua cara e falando “Me dá meu dinheiro”, esse mesmo jovem, de cabelos ruivos, casaco marrom e olhos negros, aproveitou o descuido do homem para dar um giro no seu corpo e acertar em cheio um soco na cara do homem, derrubando-o o chão.

   Exatamente no momento em que eu e minha irmã passávamos espremidos pela roda de curiosos, agora uns eufóricos com a briga e outros assustados e indo embora, ficamos meio que à mercê do “público” da briga. Enquanto isso, um dos comerciantes correu, visivelmente com medo, enquanto o outro que sobrara ajudava o mais velho, que tinha acabado de levar um soco em cheio no rosto, a se levantar.

   -Hey! Vocês só tem só isso!? – Disse o jovem de casaco marrom gargalhando – Qual foi!? Eu não quero que isso seja em vão. Vamos lá! Levante!

   Os outros três amigos apenas observavam, tomaram um ar mais sério depois que a confusão realmente se formara. Me afastei com minha irmã e continuamos andando em direção à sua escola, mas estranhamente conseguia ouvir com clareza a conversa entre o jovem e o velho.

   -Você... vai pagar por isso. – disse o velho enquanto levantava-se. Fez um breve sinal com a mão para seu amigo, que saiu em direção à banca de jornal. Isso foi tudo que eu vi, o resto eu só continuei ouvindo.

   -Vou pagar o quê... você nem consegue se levantar, como vai fazer algo comigo? – nesse momento ouvi um som de espanto entre as pessoas que estavam em volta, como platéia. – Ei irmão... calma ae por favor... – A voz do jovem estava visivelmente assustada – não precisa chegar nesse ponto, vamos conversar.

   -Conversar o cacete! – ouvi o velho gritando, com um tom de voz alterado, visivelmente nervoso – Você vem aqui, pega meus jornais e não quer pagar!? Agora você vai ver o que é bom!

   Ouvi o grito assustado das pessoas, logo em seguida um brado do jovem, não era um grito de susto, parecia mais com um brado de guerra.

   Um estouro.

   Olho pra trás, tudo o que vejo é o velho com uma faca encravada em seu peito, sua mão direita com um revólver apontado na nossa direção, o jovem cheio de sangue e com um sorriso sombrio no rosto.

   O jovem me encarou com seus olhos. O vi por pouco tempo, mas posso ter certeza que não eram os mesmos olhos com os quais ele estava me encarando. Olhos que encaravam não só a mim, mas parecia que encarava, também, o fundo da minha alma. Fiquei pelo que parecia uma eternidade.

   Quando voltei a mim, percebi que todos estavam olhando em minha direção. Não todos que estavam olhando a confusão, todos que estavam naquela rua olharam na minha direção. Como se algo realmente grave tivesse acontecido. De repente senti como se um peso caísse pelo meu braço direito.

   Olhei para o lado. Isso não poderia estar acontecendo, não na realidade! Todos estavam me olhando, olhando a minha irmã, pendurada, com um tiro na cabeça.

   Não podia acreditar. Isso só poderia ser um sonho novamente, pensei. Tenho certeza que tem algo errado. Estava ali, parado, olhando para minha irmã quase caída no chão, segurando ainda a minha mão. Sentia como se o universo tivesse conspirado contra mim.

   De repente retorno o olhar pra frente, e vejo o jovem que esfaqueou o velho vindo em minha direção. Olhei primeiro seu rosto, parecia ser apenas um ano mais velho que eu, mas quando eu olhei em seus olhos, veio algo que me assustou.

   Em seus olhos eu não via o jovem, mas sim o homem que apareceu para mim em meu sonho. Aqueles olhos negros, tinha certeza que, de alguma forma, não pertenciam àquele garoto, mas sim de algo diferente. Era como se eu olhasse para o jovem e visse o homem.

   De repente, ele passa ao meu lado. E como um trovão que cai num campo aberto, a frase veio aos meus ouvidos.

   - Você não pode mudar o seu destino. Já te disse.

   -Venha conosco agora – disse o segundo rapaz que estava no grupo com ele. Os outros 3 estavam vindo em minha direção, como uma fila. Mas eu não poderia sair. Minha irmã, ela ainda poderia estar viva. Nesse ponto já a  tinha colocado no chão, porém estranhamente ninguém que estava na rua  foi ajudá-la.

   Não me mexi enquanto o terceiro homem vinha em minha direção. Não consegui pensar muito, Quando ele chegou perto de mim a única coisa que eu senti foi um soco no meu estomago, esse tão forte que me fez cair inconsciente. A última coisa que eu lembro é do quarto homem correndo, me colocando nos ombros e me tirando dali às pressas.

   Me chamo Nura Strahf, moro na cidade de Green Hill. E esse foi o dia que minha vida começou a ruir e mudar completamente, me fazendo chegar onde estou.



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E é isso aí galera... espero que tenham gostado e não se preocupem... a próxima parte não demorará tanto quanto essa!


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